Longe de ser um luxo, a intitulada ‘casa dos itens’ existe desde 2004 e é uma necessidade, apontam eles. O assédio de fãs e torcedores, o contato com familiares e o acesso a informações (ou opiniões) externas é evitado para que os itens mantenham o pensamento focado nas apresentações na arena, durante o festival.
"Antes ficávamos em casa. As pessoas chegavam batiam na porta pediam para tirar fotos. Eu passava o dia trancada só saia pra fazer teste de alegorias e fantasias e voltava", lembra a cunhã-poranga Tatiane Barros.
Patricia complementa dizendo que mesmo com saudades da família, o quase confinamento é importante.
"Claro que a gente quer estar com a família, ter o apoio, mas eu acho bom. Aqui é tão tranqüilo, tem reunião que passam pra gente o que devemos fazer, o que vai acontecer. É muito bom haver essa casa", disse.
Portas abertas
Os itens recepcionaram a reportagem do portal acritica.com para uma entrevista, por volta das 10h30 desta quarta-feira (22). Durante a conversa eles contaram como são os momentos que antecedem a apresentação e revelaram detalhes da intimidade, que a maioria dos torcedores desconhece.
Os itens recepcionaram a reportagem do portal acritica.com para uma entrevista, por volta das 10h30 desta quarta-feira (22). Durante a conversa eles contaram como são os momentos que antecedem a apresentação e revelaram detalhes da intimidade, que a maioria dos torcedores desconhece.
Sebastião, André e Israel foram definidos como os mais "dorminhocos". Raissa diz que fica ansiosa e sempre divide o quarto com sua irmã, Tatiane – que segundo a irmã mais nova "morre de medo de dormir sozinha".
A rainha Patrícia é companheira de quarto da novata Ana Luisa. "Eu sou meio bagunceira, já a Ana é organizada, mas nos damos super bem", revela.
Sebastião Jr – que até as 13h30 não havia acordado –, dorme no mesmo quarto que Paulain. Ambos além itens oficiais são amigos.
André é o mais experiente e fica sozinho em um quarto.
O clima na casa é de tranquilidade. Os itens femininos aproveitam para tomar banho de sol. Todos descansam, conversam entre si – e entre os membros da direção e comissão de arte, que os visitam – trocam opiniões sobre as apresentações. "Tati somos um time e uma família. Temos que nos unir, dar força uma pra outra, pisar no chão para fazer o que sabe fazer. Com coragem e fé. As críticas é claro que vão vir, mas uma chega com a outra fala, escuta troca experiências", conta Tatiane.
A preparação espiritual
Antes de entrar na arena os itens se reúnem, e liderados pela mãe das irmãs Barros rezam terço e pedem a proteção divina para que tudo dê certo durante as apresentações na arena.
Paulain conta que não é supersticioso, mas sempre entra na arena com o pé direito. Já o pajé André Nascimento adota alguns rituais. "Eu tomo um banho que a Vanessa Gonçalves me ensinou. Uso um dente de alho junto da minha fantasia", revela ele que diz ser católico.
Leandro Tapajós
Do Portal A Crítica
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