Há 17 anos no Vermelho e Branco, artista promete outras inovações nas apresentações do Garantido
A criatividade do artista parintinense é um dos grandes destaques do Festival Folclórico. As inovações e tecnologia em alegorias e fantasias chamam a atenção do público e é uma das grandes surpresas guardadas à sete chaves nos galpões. O artista do Garantido, Roberto Reis, expressa bem a peculiaridade inovadora e criativa do festival parintinense. Ele é conhecido por suas indumentárias inusitadas, o artista promete inovar ainda mais este ano.
Em 2011, Roberto é responsável pela confecção de vários itens oficiais. Ele faz a fantasia de 3 Cunhã-Porangas, 3 Pajés, 1 Rainha do Folclore, 1 Porta-Estandarte e 1 Sinhazinha. É o artista com maior número de itens sob sua responsabilidade. Para executar o trabalho conta com uma equipe de 9 funcionários, sendo que o numero vai aumentar com a proximidade do festival. Suas indumentárias revolucionaram as apresentações dos itens femininos no Festival de Parintins, pela originalidade e aperfeiçoamento dos movimentos nas fantasias.
Roberto Reis iniciou no boi como artista de capacetes (tuxauas) e tribos e agora faz parte da Comissão de Artes e é responsável por todo o figurino do boi. Segundo Roberto, seu trabalho inicia em novembro com pesquisas para fundamentar sua arte. Logo após a escolha das toadas, ele inicia o trabalho de desenho e organização das três noites de festival no que diz respeito a desenho e indumentária.
O artista esta há 17 anos no Garantido, a 10 anos é membro do Conselho de Artes, idealizando as apresentações do bumbá. Para 2011, Roberto afirma que o boi da Baixa do São José traz novidades para a arena. “O boi bumbá Garantido nunca deixou de ter novidades e eu mais um ano vou buscar inovar e fazer um trabalho bonito que todo ano venho fazendo”, destaca Reis.
Muitas roupas que se transformaram na evolução do Pajé Andre Nascimento, da Rainha do Folclore Patrícia de Góes, da Cunhã-Poranga Tatiane Barros, da Porta Estardarte Raissa Barros e ex-Sinhazinha Ana Paula, do tipo porco espinho, cobra grande, tamanduá, gavião real, formiga de fogo, lagarto, beija-flor, deixaram a galera Vermelha em êxtase, conquistaram os jurados e impressionaram a galera do contrário.
“Procuro utilizar materiais rústicos como as semente usadas pelos nossos irmãos índios, olho de boi ou acauã, semente de junco, palha da costa e misturamos as argola de madeira, dente de marfim. Temos que retratar nosso povo, nossa gente, nossa flora e fauna”, finaliza o artista da baixa de São José.
texto: Eldiney Alcântara
fotos: Hudson Lima
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