segunda-feira, 27 de junho de 2011

EQUIPE CONEXÃO GARANTIDO PARABENIZA O NOSSO BOI DO POVÃO PELA MERECIDA VITÓRIA CAMPEÃO 2011 DO FESTIVAL DE PARINTINS

A Equipe Conexão Garantido Parabeniza, o nosso Boi do Povão pela merecida vitória, e que todos os anos sejam maravilhosos como este ano foi, agradecemos a todos que participaram do Festival de Parintins, e que torceram juntos  pela vitória do nosso boi.

Desta forma Parabéns mais uma vez a toda equipe do Boi Garantido e ao Presidente Telo Pinto pelo Belo Trabalho que ele realizou no Garantido. A Equipe Conexão Garantido Agradece a todos, Muito obrigado.  

Redação: Conexão Garantido

Garantido campeão do Festival Folclórico de Parintins 2011





O boi bumbá Garantido é o campeão do Festival Folclórico de Parintins 2011. A contagem dos votos de nove jurados iniciou por volta das 15h desta segunda-feira, 27, na sala de imprensa da Agecom no Bumbórdromo. A agremiação foi campeão também no item galera como a melhor torcida do festival.
De acordo com o presidente Telo Pinto a vitória é dedicada principalmente a Nação Vermelha e Branca, torcedores apaixonados que deram a vibração positiva para o Garantido. É uma vitória de superação e de muita garra”, afirmou Telo. Ele parabenizou as tribos que compuseram o conjunto indígena na arena do bumbódromo, grupos de danças vindos da cidade de Juruti no Pará, Macapá, Nhamundá, Barreirinha, Maués e Manaus. O boi Garantido teve no computo geral 1.258,8 pontos e o boi contrário apenas 1.258,6.

O apresentador Israel Paulain foi imbatível em todas as noites. O levantador de toadas Sebastião Júnior velou a melhor em cima do levantador de toadas do contrário. A sinhazinha Ana Luisa Faria também superou o mesmo item do contrário. De modo geral todos os itens forma vencedores neste festival.

Após o resultado oficial, uma multidão formou um mar vermelho e saiu pelas ruas da cidade comemorando o título de campeão em cima de um trio elétrico. Alguns integrantes do Garantido com o microfone na mão vez e outra davam um grito “Boiuuuunaaaaaaa”, em um tom desafinado e rouco, em uma sátira ao levantador do contrário que perdeu em seu item. “Perdeu pro Sabá, Perdeu pro Sabá, Perdeu pro Sabá....”. esse era um dos refrãos que a galera entoava durante a passeata. A festa iniciou ainda no bumbódromo, mas toda a cidade comemorou, numa demonstração da grandiosidade da galera do Garantido. A contração acontece no curral Lindolfo Monteverde, na Cidade Garantido.

Veja acima o mapa de apuração geral:
Texto e foto: Marcondes Maciel

Garantido fecha o festival com espetáculo 'Amazônia Brasileira'

A Celebração Folclórica contou com a união de negros, brancos e índios. Garças, uma grande escultura de sinhazinha com 12 metros de altura, outra de vaqueiro e símbolos arquitetônicos de Manaus e Parintins formaram a alegoria terceira noite de apresentação do boi-bumbá Garantido.  Completando o último ato da ópera cabocla o boi vermelho vai apresentar o show “Amazônia Brasileira, sempre”.

De acordo com o presidente do Garantido Telo Pinto o boi apresentou um show empolgante. “Nossa torcida é o nosso combustível. A apresentação superou as expectativas. Tenho fé que vamos levar esse festival”, disse.
A lenda amazônica “Mãe da mata” foi um dos pontos altos da apresentação. Nele um dos seres míticos da Amazônia  - a protetora das matas –, foi representada na alegoria que trouxe a cunhã-poranga Tatiane Barros.

A voz  da protetora das florestas foi ecoada por meio do timbre da cantora Márcia Siqueira.  A figura típica regional exaltou o seringueiro.  E o ritual da noite Kuarup teve a alegoria assinada pelos artistas José Trindade e Jonathan Marinho.

Tribos e itens na galera
As tribos coreografadas dançaram e levantaram a galera ao “bruxelear”na arena. As tribos, os tuxauas e a torcida mostraram interação.

Outro momento que agitou a torcida foi quando os itens Israel Paulain, Tatiane e Raisa Barros dançaram no meio da torcida. A porta estandarte seguiu até a cabine dos jurados e os saudou. 

O Garantido apresentou o espetáculo no tempo previsto e a festa contundiu até as 2h desta segunda-feira (27) nos arredores do bumbódromo.
 
Leandro Tapajós
Do Portal acritica.com
Foto: Leandro Tapajós

Última noite: Boi da Baixa defendeu uma Amazônia Brasileira, sempre!

O Boi Bumbá Garantido fechou o Festival Folclórico 2011 com muita emoção, empolgação, criatividade e surpresas em cada ato da apresentação. A galera mais miscigenada do Brasil vibrou desde o começo quando o apresentador Israel Paulain entrou na arena e entoou a toada "Eterno Amor" do compositor Enéas Dias, em comemoração a seus 10 anos defendendo o item 01. No meio da apresentação Israel Paulain, cunhã-poranga e porta estandarte subiram em uma plataforma no meio da galera e o público mais uma vez foi ao delírio com a inovação. As tribos coreografadas deram um espetáculo à parte e levaram o público ao êxtase com expressões corporais movimentos sincronizados.

A agremiação folclórica apresentou na noite deste dia 26, o tema “Amazônia Brasileira, sempre”. Neste espetáculo o Garantido mostrou a Amazônia que não é só dos amazônidas, é do Brasil. “É nossa Amazônia Brasileira, do branco colonizador despreparado para o convívio pacífico com os povos que aqui vivem, do negro africano escravizado que nos legou heranças inestimáveis, representadas nos tambores da nossa Batucada”, explicou o presidente do Garantido Telo Pinto.

O presidente afirmou que no roteiro da noite o índio continua renitente na sua luta de resistência pelo direito às suas terras, pela preservação de sua cultura e em defesa de uma Amazônia que também respeite os índios e seja respeitada. “Essa nossa Amazônia forjada no sofrimento do choque de culturas que nos deixaram marcas profundas, mas que soubemos superar para sermos esse povo feliz que ainda acredita na convivência harmoniosa entre os povos e em equilíbrio com a natureza”, destacou Telo.

Estrutura alegórica

A história da ocupação da Amazônia foi ponto alto da “Celebração Folclórica – Mistura das Raças”, uma alegoria dos artistas José Trindade e Jonathan Marinho. A estrutura representou as atrocidades cometidas contra as populações indígenas que aqui viviam, deixando um isolamento da região quase sempre causado pelos colonizadores portugueses. A mistura das raças configurada na alegoria trouxe a porta estandarte Raissa Barros, a sinhazinha da fazenda e o boi Garantido.

A Lenda Amazônia representou a “Mãe da Mata”. Uma entidade que apareceu na rena envolta em um manto com o rosto parcialmente coberto, sentada em um tronco de árvore a beira da mata. É uma espécie de duende da floresta, ela tem um pássaro sempre a sua disposição que avisa dos perigos de caçadores. A alegoria é do artista Francinaldo Guerreiro. Do centro da alegoria surgiu montada em um porco queixada a cunhã-poranga Tatiane Barros que evuluiu para o público com uma performance inigualável.

O seringueiro e ecologista Chico Mendes, foi representado na “Figura típica regional”, um trabalho do artista do Garantido Vandir Santos. O enredo da apresentação registra o período áureo da borracha e que a partir daí nasce um novo tipo de homem amazônico, o seringueiro. Portanto a Figura típica regional nada mais é que fruto da miscigenação entre os filhos da seca nordestina, os soldados da borracha, e os filhos das águas da Amazônia, índios e caboclos, transfigurados a partir da colonização européia. Em meio ao seringal surge em um casebre de palha a rainha do folclore Patrícia de Góes com uma indumentária nas cores preta com detalhes brancos.

O pajé André Nascimento veio realizar mais uma pajelança com o “Ritual Indígena Kuarup”. O ato tribal mostrou uma cerimônia espiritual festiva realizada pelos índios que vivem no Parque Nacional do Xingú, o Kuarup. O ritual acontece em noite de lua cheia, no mês de maio, na aldeia dos índios Kuikuru que convidam as tribos amigas para a celebração do que eles chamam de “festa do reviver” porque acreditam que Mawutzinim, deus da criação do mundo xinguano vai fazer voltar à vida os seus mortos ilustres, como pajés, guerreiros ou caçadores.

O Garantido fechou a noite e o Festival Folclórico de Parintins 2011 com muita energia proporcionada pela galera e pelos integrantes que formam o espetáculo folclórico do boi da Baixa de São José. “Com o resultado positivo das apresentações, temos a certeza que o resultado final também vai o esperado pela Nação Vermelha e Branca, que é a conquista de mais um título”, afirmou Telo Pinto.

Texto: Marcondes Maciel
Fotos: Élcio Farias

domingo, 26 de junho de 2011

Garantido encena a ‘Amazônia Brasileira’ neste domingo

A terceira noite de apresentação do boi-bumbá Garantido será realizada neste domingo (26), as 23h. Completando o último ato da ópera cabocla o boi vermelho vai apresentar o show “Amazônia Brasileira, sempre”.
A Celebração Folclórica contará com a união de negros, brancos e índios. Garças, uma grande escultura de sinhazinha, outra de vaqueiro e símbolos arquitetônicos de Manaus e Parintins formam a alegoria, assinada pelos artistas José Trindade e Jonathan Marinho.
A lenda amazônica “Mãe da mata”, vai materializar um dos seres míticos da Amazônia. A voz  da protetora das florestas será ecoada por meio do timbre da cantora Márcia Siqueira.  A figura típica regional será o seringueiro.  E o ritual da noite Kuarup.          














Texto: Portal Jornal ACRÍTICA
Foto: Ataíde Tenório do Site Boi Garantido

Espetáculo na segunda noite do Garantido

O esquema de cenotécnica desenvolvido pela diretoria e Comissão da Artes do Garantido foi cumprido à risca na apresentação da segunda noite do Festival Folclórico de Parintins. “Tudo que foi planejado deu certo, portanto o boi esteve impecável”, disse o artista Júnior de Souza, coordenador de estrutura de alegorias e cenotécnica do bumbá.


O Garantido abriu a segunda noite de disputa com um espetáculo à parte proporcionado pelo apresentador Israel Paulain e o levantador de toadas Sebastião Júnior. Os dois com pouco mais de uma hora de apresentação subiram em um praticável junto a galera vermelha e branca e em um coro uníssono cantaram as toadas do repertório Miscigenação 2011. “E a galera esteve, como sempre, impecável e retribuiu todo o carinho do boi do Povão”, ressaltou Israel Paulain.

Um dos pontos altos foi a empolgação da galera que não parava um só momento.  A emoção foi percebida em todos os momentos de apresentação. O apresentador Sebastião Júnior levou o público ao delírio quando encenou a performance do Boto, o Sedutor das Àguas, uma toada dos compositores Demétrius Haidos, Geandro Pantoja e Neto Cidade. Na dramatização Sebastião contracenou com um jovem cabocla ribeirinha representado a lenda do boto, que conquista as meninas moradoras dos beiradões da região.

Amazônia Cabocla

O espetáculo apresentado foi voltado para o subtema "Miscigenação e convivência pacífica - Amazônia Cabocla, hoje". O enredo da noite levou para a arena do bumbódromo a força do povo da Baixa de São José, vila de pescadores e maior reduto da Miscigenação negra da Ilha Tupinambarana, onde Lindolfo Monteverde, descendente de negros nordestinos criou o boi Garantido há quase 100 anos, no início do século passado.

Portanto a Amazônia Cabocla, miscigenada, transfigurada pela força indígena que mesclou ao branco invasor para criar um novo povo, mais generoso e pronto para a convivência multirracional harmônica. A Miscigenação a serviço das interrelações humanas nesta Amazônia Cabocla de hoje, da palha e do cipó, da juta e da rede, do homem simples da floresta.

Espetáculo alegórico

Demonstrando o cenário do cipó, palha e pau a pique que predominou durante toda a colonização dos beiradões do grande Amazonas o artista José Trindade apresentou a alegoria Amazônia da Palha e Cipó, uma celebração folclórica cabocla. A lenda do boto, talvez a mais conhecida na vastidão desta nossa Amazônia foi o destaque da Alegoria que trouxe a Lenda Amazônia com o boto, o sedutor das águas.

A figura típica regioinal do artista Zilcson Reis levou o Juteiro da Amazônia, figura que na esteira da Miscigenação, há 80 anos os japoneses deram sua contribuição no processo de tranfiguração do caboclo da Amazônia, detreminado atravez de suas habilidades agrícolas um novo tipo amazônico, Juteiro. Fechando a apresentação da segunda noite o Garantido apresentou um show de arte plástica, cores, luzes e efeitos na evolução do Ritual Indígena Matawi Kukenã, uma obra do artista Marialvo Brandão.

Nessa alegoria o pajé André Nascimento fez sua aparição numa batalha no plano sobrenatural, entre os espíritos de guerreiros das tribos Macuxi e Wapixana. O pejé em transe trancede ao mundo espiritual, empurrado pelo canto da tribo Macuxi que o eleva ao topo do Monte Kukenã, onde ele invoca os espírito Kanaimé, seres gigantes invisíveis que habitam os subterrâneos do monte.

Texto: Marcondes Maciel
Foto: Ataíde Tenório

Polícia registra mais de 100 ocorrências durante festival

O secretário de Segurança Pública, Zulmar Pimentel, fechou neste domingo (26), a última reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) comemorando os resultados obtidos até o fim do dia, o penúltimo do festival folclórico de Parintins, uma vez que as forças policiais continuam na ilha até o final da apuração e festa da vitória do boi vencedor. O GGI é o órgão responsável pela integração dos órgãos municipais, estaduais e federais na segurança do festival.

Horas antes do início da terceira noite de apresentação dos bumbás Caprichoso e Garantido no Bumbódromo, a SSP comemorava que nenhuma ocorrência de gravidade aconteceu na cidade, considerando o fato de que há cerca de 100 mil visitantes no município, segundo estimativas das agências de viagem e turismo.

Após a segunda noite, no sábado, 118 ocorrências foram registradas, e dessas 45% referiram-se a desordem, dano, brigas e lesão corporal, logo atendidas pela Polícia Militar, sem gravidade. Outros 21% ficaram para situações verificadas no Bumbódromo pelo Corpo de Bombeiros, principalmente mau súbito e atendimento pré-hospitalar. No trânsito, o Detran emitiu nesse dia 34 autos de infração e apreendeu pelo menos 12 veículos em estado irregular de documentação.

]“O trabalho 24 horas das polícias Civil e Militar, principalmente, é fundamental para o sucesso do plano estratégico de segurança para o festival de Parintins. Estamos em todos os pontos da ilha realizando ações de prevenção e sempre bem próximos da ocorrência para dar o melhor atendimento ao cidadão”, disse a coordenadora do GGI e secretária-adjunta de Segurança Pública, Neide Alvarenga.

O comandante da Operação Parintins, tenente-coronel PM Fábio Pacheco, disse que a Polícia Militar vai prosseguir assegurando que a população e os visitantes de Parintins tenham um dos festivais mais tranquilos, mantendo o sucesso dos últimos seis anos. “Nossa tropa está nas ruas o tempo todo e ainda apoiamos os outros órgãos do GGI nas suas ações, como o Conselho Tutelar, o Ibama, o Comissariado de Menores e até mesmo as agremiações dos bois”, disse o oficial.

A SSP, as polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, a Corregedoria-Geral e o Detran ainda se reúnem na manhã desta segunda-feira, dia 27 de junho, para fechar o balanço e o mapa estatísticos das operações e ocorrências do festival.


Da Redação: Jornal ACRÍTICA

Bumbódromo de Parintins será ampliado em 2012

PARINTINS, AM –  O Centro Cultural Amazonino Mendes, o Bumbódromo,  será ampliado para o Festival Folclórico de Parintins de 2012. A informação é do secretário de Estado da Cultura, Robério Braga. Será construída uma torre, em cada lado do Bumbódromo, com mais três pisos, na área reservada aos camarotes Vips, que ficam sobre a rampa de acesso das torcidas. A arquibancada do povão, do público não pagante, também vai ser aumentada. “A determinação do governador Omar ( Aziz) é de que a licitação seja feita imediatamente, para ampliar o Bumbódromo. As obras já deverão estar prontas para o festival do ano que vem ”, afirmou o secretário. O valor do investimento não foi divulgado.

Os novos camarotes terão ar-condicionado , elevadores, banheiros e área de estacionamento privativo. E o novo lance de arquibancada das galeras será ampliado para receber mais mil torcedores. O espaço atual do povão não chega a atender 4,5 mil espectadores. Na sexta-feira, no dia de abertura do festival, os torcedores formavam filas quilométricas, desde as 10h, em frente ao Bumbódromo para conseguir um lugar nas arquibancadas. O secretário falou em adotar um modelo mais profissional a fim de reprogramar o acesso do Centro Cultural objetivando melhorias no atendimento ao público. “Precisamos melhorar a circulação e a área de serviços para ganharmos mais espaço”, comentou Robério. A ampliação do anfiteatro é uma antiga reivindicação da população parintinense. 

O secretário de Cultura lamentou a depredação feita no Bumbódromo, após a realização de cada festival. Ele disse que o local é saqueado, uma semana após a realização da festa e que, portanto, a Prefeitura e as Associações Folclóricas Garantido e Caprichoso deveriam assumir a manutenção do complexo cultural. “È lamentável. A imprensa parintinense poderia levantar uma campanha pela preservação desse patrimônio. E o município e os bumbás deveriam zelar, porque utilizam o Bumbódromo o ano todo, para grandes eventos”, desabafou. “Há 15 anos estou organizando o festival e já gastamos R$ 25 milhões nas reformas. Esse dinheiro daria para construir um novo Bumbódromo”, completou.  Há poucos registros na polícia, mas nos últimos  anos uma quadrilha se especializou em roubar os bens do Centro Cultural. Já ocorreu desaparecimento de fios da rede elétrica, louças de banheiro, madeira e outros equipamentos. 

Público dobrou

Mais de 90 mil turistas estão, em Parintins, para passar o Festival Folclórico. A estimativa é do tenente-coronel Fábio Pacheco coordenador de segurança da festa e que assumiu, esta semana, o comando do Batalhão da PM local. A população de Parintins, segundo o censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 102 mil habitantes. De acordo com oficial, todos os lugares da Ilha, que recebem os foliões bovinos como o balneário do Catagalo, na comunidade do Aninga; As praças do Cristo e do Comunas e o bar do Chapão, Catedral e as ruas do Centro,  estavam completamente lotados. “Neste mesmo momento o Bumbódromo também já estava com sua capacidade esgotada”, afirmou Pacheco.

Outro ponto relevante que vale citar é que no dia 21 de junho, quando o Garantido realizou a sua passagem de som, a galera vermelha lotou o Bumbódromo, ocupando as duas arquibancadas. Ou seja, a sua e a do Caprichoso. No ano de inauguração do anfiteatro, em 1988, a população da cidade era de aproximadamente 70 mil habitantes. E capacidade do Bumbódromo que seria de 35 mil pessoas, nesta época, acabou atendendo somente 12 mil. No entanto, já houve ano em que o Bumbódromo recebeu  16 mil frequentadores. Nos 23 anos de sua existência o palco dos bois, praticamente, encolheu. Na primeira noite do festival, o Corpo de Bombeiros, queria limitar a entrada do público não pagante para três mil pessoas, mas depois voltou atrás e deixou passar para as arquibancadas pouco mais de quatro mil pessoas.

Jonas Santos
Da equipe de A Crítica

Por dentro do Bastidores do Garantido

Havia eletricidade no ar nos minutos que antecederam a entrada do Garantido no bumbódromo neste sábado.
A batucada ainda silenciosa fazia fila na entrada do bumbódromo entre muitos módulos de alegorias. Andando por lá conhecemos Carlos Alberto, 35, que toca caixinha no grupo de percussão.

Concentrado, mas feliz, ele considera que no ano passado esse item perdeu para si mesmo, e por poucos pontos. Pensando nisso, ele tenta se concentrar no que é melhor para o boi. Mas pelo bem do festival, também deseja sorte ao “contrário”.
Se a evolução das alegorias é surpreendente no bumbódromo, antes da entrada qualquer espaço pode esconder um dos itens individuais

E foi em um desses que encontramos a Sinhazinha do vermelho, Ana Luiza Faria, compenetrada em seu grande vestido, dentro de um enorme globo suspenso. Ansiosa, mas sem nervosismo, driblava o cansaço para brilhar dali a minutos ao lado de seu boi querido.

A passos dali, o impagável Amo do Boi Tony Medeiros escondia-se em uma porta em outro módulo. Sorrindo muito e agindo como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo, me convidou para jantar na casa dele antes ser trancado dentro da alegoria, obedecendo aos gritos do pessoal de apoio que precisava colocar o boi na arena.

Não passaram-se nem 10 minutos e, já na arquibancada, vi todos surgindo um a um na alegoria “A Amazônia da Palha e Cipó”. Todas as peças que vi foram montadas dentro da arena e escondiam ainda a Porta-Estandarte Raíssa Barros e o boi.

Roberto Saraiva
Portal: eBand.com.br

As tribos e um ‘levantador dançarino’ surpreendem na 2ªnoite do boi Garantido


Uma apresentação cheia se surpresas. Assim pode ser definida a segunda noite de apresentação do boi-bumbá Garantido durante o 46º Festival Folclórico de Parintins na arena do Bumbódromo. Se em anos anteriores o bumbá trouxe elementos externos – como um homem voador, um paraquedista, ou um enorme balão –, em 2011 as surpresas ficaram nos blocos musicais e coreográficos. Na apresentação deste sábado (25), o bumbá deu um show de superação e passou de técnico, referindo-se a noite anterior, para a condição de emocionante.

O tema apresentado no show da noite é “Miscigenação e convivência pacífica – Amazônia Cabocla Hoje. Antes da festa o apresentador Israel paulain disse que noite seria melhor que a primeira e que surpresas deveriam ocorrer. Ele estava certo.
Após a contagem a celebração folclórica foi montada. O momento cênico foi intitulado de “A Amazôniada Palha e cipó”, com alegoria assinada pelo artista José Trindade. Nele saíram Sinhazinha da fazendo, porta-estandarte, boi-bumbá e amo do boi.

Tribos e botos

Aos 40 minutos de apresentação as tribos do Garantido entraram em cena. Esse era um dos momentos mais esperados e um dos trunfos do boi vermelho. As coreografias levantaram a plateia e ainda interagiram com a apresentação dos tuxauas.  

Depois das tribos foi a vez do levantador de toadas tocar violão e cantar “Geração Garantido”, que concorreu ai item Toada (letra e música). O levantador cantou “a caboclitude dos povos da Amazônia”, segundo o apresentador.

O boto mais uma vez vai invadiu a arena e seduziu as moças na encenação da lenda Amazônica.  Desta vez quem foi o próprio boto foi o levantador de toadas Sebastião Jr.
A apresentação que iniciou as 20h (hora Parintins) terminou após 2h24 minutos. Faltando 10 minutos para o fechamento dos portões a batucada do Garantido e os itens saldaram a galera e saíram da arena. A cunhã-poranga Tatiane Barros deixou a arena chorando emocionada.   

Leandro Tapajós
Do Portal acrítica.com

sábado, 25 de junho de 2011

Israel e Sebastião devem dançar junto a galera neste sábado

Na passagem de som que antecede a entrada do boi-bumbá Garantido, que acabou por volta das 18h,o s itens Israel Paulain e Sebastião Jr saíram da arena e se aproximaram da galera.  Dando a deixa para algo que pode acontecer na noite deste sábado (25).

Eles animaram a galera em baixo de chuva. Se depender da interação entre ambos a noite deste sábado promete muita emoção. Nas arquibancadas, desde a saída dos itens, a galera canta músicas do boi Garantido e está animada.   

Fonte: Jornal ACRÍTICA 

Garantido vai ‘bruxelear’ na segunda noite de apresentação em Parintins

Um verbo novo ganhou Parintins: “Brulear”. Isso por conta da toada “Matawi Kukenã” que se tornou o hit do festival. A toada conta a história de um ritual da tribo Macuxi e vai ser cantada na noite deste sábado (25). A apresentação iniciou as 20h (hora Parintins).

O tema da noite é “Miscigenação e convivência pacífica – Amazônia Cabocla Hoje. De acordo com o apresentador Israel paulain a apresentação desta noite será melhor que a primeira. Mais surpresas devem ocorrer.

A celebração folclórica será intitulada de “A Amazôniada Palha e cipó”, com alegoria assinada pelo artista José Trindade.

O boto mais uma vez vai invadir a arena e seduzir moças na encenação da lenda Amazônica. A figura típica exaltada na noite de hoje será a do juteiro. Japoneses que fundaram a Vila Amazônia, na zona rural de Parintins, serão homenageados.
Outro ponto esperado é a apresentação da tribo coreografada com dançarinos das tribos de Juruti, no Pará.

Leandro Tapajós
Do Portal acrítica.com
 

Garantido abre o Festival de Parintins 2011

O encontro das várias culturas que formam o povo amazônida foi celebrado na apresentação do boi-bumbá Garantido, nessa sexta-feira (24). O tema de 2011, escolhido pelo boi da Baixa do São José é “Miscigenação.  A apresentação do Garantido abriu o 46 Festival Folclórico de Parintins as 20h (horário local). A rainha do folclore  e os versos do amo chamaram a atenção.

Para desenvolver o tema Miscigenação, o bumbá investiu na temática indígena na primeira noite de apresentações. O show da noite foi intitulado de “Povo Vermelho - Amazônia Indígena, antes”.

O público se rendeu a evolução da rainha

Quem roubou a cena foi a rainha Patrícia de Góes.  Com cerca de 1h40 de apresentação ela surgiu de uma grande garça, no momento da encenação do item Figura Típica Regional,  que exaltava a figura do caboclo regional.

Com passos bem diferentes dos apresentados no ano anterior, cheia de gingado, a parintinense  evolui e conquistou aplausos do público presente.

Outros momentos marcantes foram proporcionados pelo amo do boi, Tony Medeiros. Alguns dos versos traziam rimas alfinetando o ex-levantador do Garantido David Assayag.
 Um único momento de aflição ocorreu após 1h52 de apresentação, quando o Garantido encontrou dificuldade para tirar um dos módulos da entrada da arena.  Alegoria foi retirada após 5minutos e logo depois montado o cenário para o ritual Xamã Kanamari. Durante a montagem, a galera vermelha explodiu ao som das toadas “Sou Garantido” e “De Parintins para o mundo ver”

O roteiro de apresentação

A festa vermelha começou com a celebração folclórica “Encontro de culturas”. A Cobra Grande será o tema da lenda Amazônica.
A figura típica encenada exaltou a figura do Caboclo. A alegoria que serve de palco foi confeccionada por Ito Teixeira. O ritual que abre a noite foi dos Xamãs Kanamari.

Arquibancada neutra

A Secretaria de Cultura informou antes da apresentação dos bois, já na arena do bumbódromo que os torcedores que compraram ingressos para a área verde podem se manifestar durante a apresentação dos dois bois. A área foi pintada de azul e vermelho, mas de fato continuou a existir. Os torcedores dessa área não contam pontos no julgamento do item Galera, feito pelas jurados do festival.

Leandro Tapajós
Do Portal acritica.com
Foto: Leandro Tapajós

Garantido promete show de 'Miscigenação'

O Garantido abre nesta sexta-feira (24), às 20h, na arena do bumbódromo, o 46º Festival Folclórico de Parintins apresentando a primeira parte do espetáculo “Miscigenação”. Será a noite para contar a saga dos indígenas na Amazônia a partir de uma visão de futuro e de mistura de raças. “Vamos mostrar que eles eram os donos da terra e que no confronto de culturas, com os portugueses, espanhóis, eles foram massacrados, mas também resistiram e garantiram a sobrevivência da Amazônia”, explica o coordenador da Comissão de Artes do bumbá Vermelho e Branco, Fred Góes.

Para contar a história dos índios, o “Povo Vermelho”, o Garantido levará à arena aproximadamente 800 brincantes, 420 só na Batucada. Serão também encenados quatro momentos com alegorias gigantes: Celebração Folclórica, Lenda Amazônica, Figura Típica Regional e Ritual Indígena.

A Celebração Folclórica “Encontro de Culturas” foi feita pelo artista plástico Jonathan Marinho e equipe. Serão 14 módulos que mostrarão o choque de indígenas, portugueses e negros, mas ressaltando a resistência de lideranças como o guerreiro Manaó Ajuricaba. Da celebração saem os personagens centrais do auto do boi, a Sinhazinha da Fazenda Ana Luisa Faria, a estreante do ano; o Amo Tony Medeiros, Vaqueirada e o boi do tripa Denildo Piçanã. Figura que não concorre, mas é tradicional no folguedo do Garantido, o bailado corrido também aparece neste momento.

O próximo ato da noite indígena será a Lenda Amazônica “Cobra Grande”, alegoria feita pelo artista Junior Feijó e equipe. Para este momento da noite o Garantido promete mostrar uma nova performance do apresentador Israel Paulain, que introduz a toada numa interação com o levantador Sebastião Júnior. “A idéia é que a passagem de minha narração para a toada com ele seja feita de uma maneira harmoniosa e o público não sinta a diferença”, revela Israel, que completará 10 anos apresentando o Garantido. Dessa alegoria surgirá a Rainha do Folclore Patrícia de Góes.

A apresentação prossegue com a Figura Típica Regional “O Caboclo”, do artista Ito Teixeira e equipe. A idéia é mostrar que da miscigenação o caboclo ribeirinho foi o fruto imediato do processo de mistura de raças e como tal garantiu a ocupação de toda a região. Dessa alegoria, com torres gigantes, sai a Porta-Estandarte Raissa Barros.

O último ato dessa noite é o Ritual Indígena “Xamãs Kanamari”, alegoria do artista Júnior de Souza e equipe. Da alegoria surgirão a Cunhã-Poranga Tatiane Barros, que promete se despedir do festival neste ano, e o Pajé Andre Nascimento, cujo chegada novamente deverá ser pelo ar. “Tem segredos que não posso revelar, mas é uma alegoria para revolucionar o festival, no mesmo nível do Inhangorõn”, diz Júnior, prometendo um show de luzes, cores e, principalmente, movimentos.

Saiba mais
A noite de hoje servirá de test-drive para a Sinhazinha estreante Ana Luisa Faria e para o Levantador Sebastião Júnior, que pela primeira vez enfrentará de forma plena o Imperador do Caprichoso, David Assayag. Para a disputa nos itens Levantador e Toada, Letra e Música, a Comissão de Artes escolherá entre três músicas do CD deste ano: “Coração, o tambor da vida”, dos compositores Geandro Pantojá, Demetrius Haidos e Naferson Curz; “Geração Garantido”, de Emerson Faria Maia; e “Miscigenação”, toada registrada no nome dos compositores Enéas Dias e Arisson Mendonça, mas que no Festival de Toadas organizado pela Prefeitura de Parintins, em outubro do ano passado, foi assinada por Enéas e o compositor do Caprichoso Adriano Aguiar, o “Carcaça”.

Fonte: Jornal ACRÍTICA

Garantido prepara lado Vermelho e Branco, no bumbódromo

Espaço do Garantido, no bumbódromo, nos últimos detalhes para receber a galera Vermelha e Branca nesta noite de sexta-feira (24).

Fonte: Jornal ACRÍTICA

Filas seguem intensas no bumbódromo de Parintins

Esta sexta-feira (24), começou movimenta na ilha tupinambarana. O dia marca o início do 46° Festival Folclórico de Parintins, que inicia a partir das 20h, no bumbódromo.

Para os torcedores que desejam pegar lugares estatrégicos no bumbódromo, não será muito fácil. A filas, dos dois bumbás, seguem intensa.

A funcionária pública Gorete Santos, 42 anos, foi a primeira torcedora do Garantido a chegar na  fila que dá acesso ao espaço do boi vermelho, no bumbódromo.  A parintinense conta que chegou no local às 2h da madrugada e que nos anos anteriores ela até dormiu no local. “Amor de infância, amor primeiro”, declarou a torcedora apaixonada pelo seu boi.

No lado azul, Pedro Xavier, 26,  chegou às 7h da manhã, e também não escondeu o amor pelo Caprichoso. "Cheguei cedo pelo amor ao meu boi e também para pegar um lugar melhor no bumbódromo".

Para se proteger do dia ensolarado, os torcedores dos bumbás levaram quentinhas, sombrinhas, caixa de papelão e até Barraca de Camping. 

Segundo informações da Ativa, os portões do bumbódromo devem abrir a partir das 16h, mas se houver algum tumulto nas filas, esse horário poderá ser antecipado.


Catiane Moura
Do portal A Crítica

Evandro Seixas

Batucada faz os últimos ajustes e promete emocionar na arena

Faltando poucas horas para o início das apresentações dos bois, em Parintins, a Batucada finaliza a decoração dos instrumentos.
O peara Clemilton Pinto disse que os 400 ritmistas do boi vermelho vão aliar música e dança. Vai ser possível ouvir o som e ver a dança da batucada na arena do bumbódromo.  

Da Redação
Foto: Leandro Tapajós

Passageiros ainda saíram nesta sexta-feira para Parintins

A  46ª edição do Festival Folclórico de Parintins começa na noite desta sexta-feira (24) mas ainda hoje foi grande a movimentação  pela manhã no porto de Manaus e no aeroporto internacional Eduardo Gomes de pessoas embarcando rumo à ilha tupinambarana.

Dois barcos estão saindo por dia rumo  a Parintins. Nesta sexta, saíram os barcos Golfinho, às 10h da manhã e Cisne Branco, às 12h.  Amanhã, saem as embarcações  San Marino, às 8h da manhã e São Bartolomeu, às duas da tarde.  A movmentação hoje pela manhã era intensa no porto de torcedores de Caprichoso e Garantido.

No aeroporto Eduardinho, a empresa Total Linhas Aéreas é quem está com voos regulares para a ilha.  No Eduardo Gomes, a empresa Trip é quem está com aeronaves disponibilizadas para  Parintins.

De acordo com  estimativas da Prefeitura de Parintins, o município deve atrair 80 mil turistas vindos de vários estados brasileiros e também de outros países. Só no aeroporto Júlio Belém é esperado o desembarque de 25 mil turistas, tendo como base a quantidade de voos confirmados para os próximos dias.

Fonte: Jornal ACRÍTICA

Órgãos simulam resgate de vítimas em Parintins

Os órgãos do Sistema de Segurança Pública do Estado envolvidos no 46º Festival de Parintins realizaram, na manhã desta sexta-feira (24), uma simulação de salvamento de vítimas graves de incêndio.
A ação integrada teve o apoio de um helicóptero a serviço do Governo do Amazonas, por meio de parceria com a empresa HRT O&G, que estará de prontidão durante os três dias da festa.

A simulação, executada por cerca de 60 homens do Corpo de Bombeiros do Amazonas e da Defesa Civil do Estado, teve início na Praça dos Bumbás. Nesse local foi realizada a triagem e remoção de cinco pessoas que estariam politraumatizadas.

“Quando recebemos a ligação pelo 193, levamos um minuto e meio para se deslocar do quartel até o lugar do acidente”, destacou o comandante da operação, major Ruas Braga.
Paralelamente, o helicóptero da Defesa Civil do Estado entrou em ação, sendo posicionado nas proximidades do Bumbódromo, na área do Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE) do município. O percurso das oito viaturas do Corpo de Bombeiros até esse ponto também durou aproximadamente um minuto e meio.

Com a chegada dos feridos, técnicos e brigadistas voluntários capacitados pela Defesa Civil deram suporte aos bombeiros no isolamento da área e evacuação da população nos arredores. O simulado encerrou com a decolagem do helicóptero transportando as vítimas, no qual médicos intensivistas da Força Aérea Brasileira (FAB) prestaram atendimento pré-hospitalar.

O Disque 193, coordenado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), está disponível em regime de plantão 24 horas. A população e visitantes de Parintins também podem contar com esse serviço em casos de acidentes de trânsito, afogamentos, desmoronamento, mal súbito e atendimento de primeiros socorros.

Redação: Jornal ACRÍTICA

Autoridades participam do Festival de Parintins

Autoridades prestigiam o 46° Festival Folclórico de Parintins nesta primeira noite de apresentação.

O governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), recepcionou, pela manhã (24), em Parintins (1 368 quilômetros de Manaus), 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo a assessoria, os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) também chegaram hoje a ilha tupinambarana. Eles foram convidados pelo próprio Omar para assistir ao 46º Festival Folclórico de Parintins. Entre os membros do governo estadual que participaram da recepção, estava o secretário de Estado da Cultura, Robério Braga.

Redação: Jornal ACRÍTICA

Cambistas livres, leves e soltos em Parintins

Quem vem para o Festival Folclórico de Parintins (a 363 quilômetros de Manaus) sem ingresso e não quem encarar as filas para a área da galera, no bumbódromo, acaba tendo uma única opção para não perder as apresentações dos bumbás: cair na mão dos velhos conhecidos e polêmicos cambistas.

A turma é encontrada com facilidade no Centro e Praça da Prefeitura Municipal, segurando cartazes improvisados feitos em cartolina ou folhas de isopor, anunciando a venda e compra de ingressos. Os mais antigos usam um colete com anúncio. A média de preços para este ano, por noite de apresentação, segundo eles, sai a R$ 250.

Sem se identificar por medo de ações da polícia, um dos cambistas mais antigos na praça diz que vende ingressos a pelo menos 30 anos. “Muitas vezes pensam que a gente chega na Tucunaré (Turismo) e compra vários pacotes pra revender e não é nada disso. O pacote é caro, sai a R$ 570. Para comprar pelo menos dez eu teria que investir mais de R$ 5 mil e ficar três meses com o dinheiro parado. Eu não tenho como fazer isso. Nós apenas compramos de quem desiste e vendemos pra quem não tem ingresso”, explicou.

O grupo de cambistas sentado nos bancos da praça vem de vários lugares: Manaus, Pará, Ceará, Maranhão. Todos alegam que procuram lucro por meio da intermediação de ingressos que sobram, mas garantem: o negócio é uma loteria. “Tem gente que compra o pacote e só pode ficar uma noite, daí vende o resto. Teve uma vez que um barco foi pego pela Capitania dos Postos, em Itacoatiara, e um grupo de 20 pessoas teve que voltar a Manaus. Muitos desistiram e mandaram seus ingressos para serem vendidos.

Também teve muito ano que saí daqui no prejuízo. A gente tira R$ 20, R$ 30 em cima de cada ingresso. Se conseguir lucrar R$ 1 mil é porque o festival foi muito bom”, conta outro cambista que diz vir à Parintins a mais de 10 anos.

Fiscalização
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura, o Governo do estado orienta aos turistas a não adquirirem ingressos de cambistas, pelo fato de que, além de ser ilegal, o visitante ainda corre o risco de comprar ingressos falsificados, como ocorreu no último ano. Os cambistas foram identificados e encaminhados à delegacia de Polícia Civil.

A fiscalização da infração é realizada pela Polícia Militar, que apresenta nesta sexta-feira (24), durante uma reunião da coordenação do evento, a proposta de ação de combate a prática para este ano.

De acordo com a empresária Cristina Abraão, proprietária da Tucunaré Turismo - detentora da autorização obtida por meio de licitação para comercializar os ingressos do festival folclórico -, a empresa vende só pacotes. Ela também disponibiliza ingressos por noite para alguns setores. O problema, segundo ela, é que o bumbódromo não comporta mais o tamanho da festa e os ingressos acabam muito rápido. “Quem não se programa fica de fora, mas a gente indica as pessoas que não comprem ingressos de cambistas. No próprio ingresso vem escrito que nós não nos responsabilizamos pelos acessos adquiridos com pessoas não autorizadas, sob risco de não entrar no bumbódromo”, explicou.

Suzana Melo
Da equipe de A Crítica

Foto: Euzivaldo Queiroz

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Entrevista: personalidade forte e fé de Raisa Barros

Ela não se intimida com a altura – no ano de sua estreia como porta-estandarte do boi Garantido surgiu de uma alegoria distante 40 metros do chão sem medo –, mas, além da coragem conta com o apoio da irmã mais velha, a cunhã-poranga Tatiane Barros, que também é item do boi vermelho.
Faltando poucos dias para suas evoluções na arena do Bumbódromo, Raisa Barros,17, recebeu na ‘casa dos itens’ a reportagem do portal acritica.com e falou sobre a possibilidade de substituir a irmã; a rotina antes do festival; sobre um acidente que lesionou seu joelho há poucos dias; e  revelou que tem pretensão de, a exemplo de outros itens como Israel Paulain e Vanessa Gonçalves, seguir na carreira política.

Você já pensou na possibilidade de substituir sua irmã e se tornar a nova cunhã-poranga?

Eu não sei. Se houver o convite, é claro que vou aceitar. Eu sou louca pelo Garantido. Quando passei a fazer parte daquele trabalho sente muito mais amor. Isso é da diretoria. A diretoria que decide. Se chegarem a me convidar eu não vou recusar. É difícil , é muito difícil dançar com o estandarte. Hoje me sinto segura, tenho interação. Eu sinto que a minha irmã ainda tá no auge. O item que está ganhando não tem por que tirar. Hoje não vejo ninguém preparada, a altura dela. Dos 10 anos que ela dançou ela perdeu uma noite. Não foi por ela, mas foi por um acidente que não foi culpa dela. Se a contraria se sente superior por causa disso eu não me acharia não. Saiu uma entrevista sobre a despedida dela, ela evita falar disso. Ela sabe que a qualquer momento podem chegar com ela, mas não é uma vontade dela.

Foi mais fácil se tornar item tendo a irmã ao lado?

Digo que eu tenho muita sorte. Eu tive uma grande mestra do meu lado. Meu primeiro ano, comparando com a Ana Luisa, eu acho ela muito tranquila com a cabeça mais centrada. Meu primeiro ano foi de tumulto, pela pressão.  Mas a Tati me ajuda muito.

Fale sobre a sua relação com a irmã Tatiane Barros.

Ela é mais nervosa e eu sou mais explosiva, ela é determinada.A gente é bastante companheira uma cuida da outra. Temos uma sintonia bem legal. Quero me inspirar nela. Na faculdade, por exemplo, ela tá saindo e eu entrando. Quero me espelhar nela que não reprovou nenhum período. Ela conseguiu conciliar o boi e a faculdade com muita responsabilidade. Quero ser assim. Como a gente mora com as irmãs em Manaus ela é muito preocupada muito dedicada a família, muito religiosa. Tenho minha mãe que é um espelho de vida pra mim, mas tenho ela também, que me passa todo esse exemplo. Esse orgulho.

Vocês se ajudam, trocam de experiências?  

Geralmente depois das apresentações ela observa bastante e conversamos sobre os detalhes. Ela ve coisas que nem eu percebo. Ela é bastante detalhista.  

Como é a rotina a poucos dias do festival?

Eu acredito que em termos de ensaio o que teve para aprender já se aprendeu. Agora é só colocar na arena. Nos tivemos os quatro ensaios técnicos pra definir o que estava faltando. Na  rotina agora tem a academia.  A gente fica com o Kid, que é nosso personal. Agora é um treinamento mais de resistência. Antes estávamos tendo pelo menos duas horas na academia. Agora como o tempo é muito corrido procuramos ficar cerca de uma hora e meia na academia. Tem teste de alegoria, de roupa. Passa horas no QG pra ver se tá pesada, se não precisa de ajustes. Nos mínimos detalhes a gente tem que estar perto pra ver.

Com relação as suas fantasias, vi uma delas no ateliê do artista Murilo Maia e percebi que está muito bem acabada e com detalhes que ajudam dar mais conforto. Você concorda? 

Ainda não tinha usado nenhuma fantasia dele. O que eu achava bonito eram as roupas de apresentador, levantador, amo. Mas, feminino nunca vi. Tanto que pedi: ‘Murilo dá a tua vida nessa fantasia. Eu gostei muito e achei maravilhosa. Ele pensou muito no meu conforto a gente teve uma interação muito legal. To gostando muito de trabalhar com ele.

Ainda falando sobre a preparação, antes de entrar na arena o que você faz pra conseguir entrar concentrada?   

A minha mãe faz um grupo de oração lá em casa. Nós somos muito devotos de Nossa Senhora. O meu ritual que eu faço é rezar bastante. Machuquei meu joelho, agora o cara veio e disse: ‘anda com um dente de alho’. Eu falei que pra mim é só Deus. O único ritual que tenho é entregar nas mãos de Deus. Peço proteção tanto pros itens individuais quanto pros itens coletivos.  

O joelho machucado pode prejudicar?

Não já estou recuperada. Quando o Israel me chamou pra dançar no palco da festa de comemoração dos 10 anos dele no Almirante, em Manaus. Eu tava no camarote quando ele me chamou de surpresa no palco. Saí correndo já com minha música cantando, na pressa. Me me machuquei na escada e fui direto pro hospital. Não chegou a ser uma lesão séria, mas machucou.  Mas, graças a Deus está tudo bem.

O medo da altura nas alegorias existe?

Eu gosto muito de altura, nas alegorias eu pedi altura. Quantos metros? Oitenta. Eu disse ‘só isso?’.  Vou sair de 20 metros de altura. O primeiro ano sai de uma com 40 metros de altura. Fica um impacto muito grande. Pra você se sentir bem você tem que se sentir bem desde lá da entrada. Você já entra na noite com ar de eu estou bem, a alegoria está linda, vai dar tudo certo. Eu procuro pedir. Não quero vir do chão, gosto de alegorias altas.  Tem que desafiar um pouco.        

Com toda essa altura, equilibrar-se segurando o estandarte é mais difícil?

No primeiro ano que sai de 40 metros queria dar um jeito de amarrar o estandarte, pensava na possibilidade dele cair e eu perder pontos. Era ele cair e eu cair junto com ele.

Apesar da pouca idade você tem uma personalidade forte e aparenta ter mais idade da que realmente tem. É verdade que se interessa por política?

Eu gosto muito de política e de conversar com pessoas mais maduras. Eu gosto desse ramo. Futuramente não sei como vai ser, mas quem sabe começo a pensar nisso.

Tem algo que não abordamos nessa entrevista que você gostaria de ressaltar?

Eu represento o pavilhão. O amor, toda a garra, que esse ano eu venho muito mais preparada. Eu tenho certeza. Acho que eu não tinha me preparado tão bem em termos coreografia como esse ano. Queria dizer pra contrária que quem ri por último ri melhor.  

Leandro Tapajós
Do portal acrítica.com
Foto: Euzivaldo Queiroz

   

Comissão do juri do festival chega a Parintins

Desembarcou por volta das 18h30, desta quinta-feira (23), no aeroporto Júlio Belém, em Parintins a comissão do júri do Festival Folclórico de 2011.  Os dez jurados deste ano, são dos Estados do Ceará, Espírito Santo e Piauí.

Do Ceará foram escolhidos quatro profissionais de renome no Estado. Marcelo Leite do Nascimento – musicólogo ( bloco A), Lenice de Souza Feitosa – coreografa (bloco B), Helerana Dias Aquino (Herê) – cenógrafa, artes plásticas e teatro  e Valden Luiz Furtado Bezerra – cenógrafo, artes e cultura popular, que será o presidente da Comissão Julgadora.

Fabio Souza – musicólogo ( bloco A), Elaine Rowena – coreografo e musicóloga ( bloco B), Colette Dantas Gomes – arquitetura e artes ( bloco C) são os três que representam o Estado do Espírito Santo  e Marcelo Evelin, Josefina Pacheco Gonçalves e Aurélio Melo são do Piauí.

O Regulamento do Festival Folclórico de Parintins proibi que sejam escolhidos jurados dos Estados da Região Norte, exceto de Tocantins. Este ano, os dirigentes dos bois chegaram a discutir a possibilidade de mudarem essa regra. Pela proposta, apresentada pelo Garantido, poderiam ser escolhidos jurados até mesmo de Manaus. O Caprichoso foi contrário a idéia.

Catiane Moura e Jonas Santos
Do portal A Crítica
Foto: Alexandre Fonseca

As mulheres têm voz e vez no boi-bumbá

Quando faz um duo com o levantador de toadas do Garantido Sebastião Jr, a cantora Márcia Siqueira arranca aplausos. Ela, que já foi cotada para ser a levantadora oficial, vai cantar a toada Mãe da Mata no Bumbódromo. Sua participação é aguardada pelos torcedores e fãs do boi da Baixa do São José.

Além dela outras cantoras buscam, a seu modo, um lugar ao sol no cenário ‘bovino’.  Ianayra, Julieta Câmara, Anna e Márcia Siqueira são as cantoras de boi-bumbá mais conhecidas.  
“Sempre eu levantei essa bandeira das mulheres cantando boi. É uma festa nossa e temos que dar as mãos mesmo. Elas são guerreiras mesmo. Tenho um projeto pra fazer um show com as três, chamado de “Elas levantam toadas”. Ainda esse ano quero fazer. Temos que abrir esse leque mesmo. Não vou sossegar enquanto não tivermos nosso trio no Carnaboi e Boi Manaus”, conta Ianayra.

Ritmo quente para o Brasil
 
Ianayra participou, no início deste ano, do programa de TV Ídolos, da Rede Record – uma espécie de concurso que elege um novo pop star a cada edição. Ela passou na primeira fase do concurso depois de cantar  “Amazonas”, de Chico da Silva. A vitória não veio, mas ela conseguiu iniciar uma carreira em São Paulo.

Hoje, sua música de trabalho é uma versão repaginada da toada Ritmo Quente, popularizada pelo grupo Canto da Mata.

Novo CDO Dueto Amazônico, composto por Anna e Julieta lançam o CD “Dueto Amazônico canta o Festival de Parintins” nesta sexta-feira(24), durante o festival. O trabalho conta com 10 toadas no melhor estilo “boizão”, com direito a rituais e muita percussão. “Esse CD surgiu na verdade depois de um convite da prefeitura de Parintins. Vamos fazer shows nos palcos alternativos durante o dia. São 1500 cópias, que serão distribuídos aqui gratuitamente”, revela Anna.
Além desse trabalho, o Dueto já lançou anteriormente o CD da ‘Amazônia para o mundo’ e realizou uma pequena turnê de 15 dias em casas de Paris, Londres, Itália e Escócia.

A voz da ‘mãe da mata’
A cantora Márcia Siqueira tem uma carreira reconhecida pelo público amazonense. Ela venceu festivais pelo Brasil, cantava MPB e fazia parte do time de backing vocals do Garantido. Em 2010, com a saída do então levantador David Assayag, o nome de Márcia passou a ser cogitado para substitui-lo.
Márcia não assumiu o item, mas começou a ser chamada de “Rosa vermelha do boi Garantido” e passou a fazer participações especiais nas apresentações na arena.
Para ela o espaço na arena não é o objetivo principal. É preciso vencer o preconceito. “É uma luta árdua vivemos um preconceito muito grande da mulher nesse mundo machista. Já era pra ter acontecido há muito tempo pra Lucilene outras pessoas que já trilharam esse caminho. De participações já está demais. Temos participações em trabalhos eternizados como o Canto da Iara. Com essa mídia toda eu creio que os organizadores de eventos que só contratam homens passem a nos contratar”, declarou.

A novidade
A cantora revela que possui um CD, intitulado de “Ritual”, pronto e vai lança-lo em agosto, em Manaus. Com direito a grande show no Teatro Amazonas. O CD contará com toadas conhecidas e duas canções inéditas são elas: “Eterna Amor”, de Pelado Jr e Valdo Cavalcante; e “Tripa do Boi”, de Gonzaga Blantes.

Leandro Tapajós
Do portal acritica.com
Foto: L. Tapajós